domingo, 30 de junho de 2013

Um rio só


Na postagem anterior eu trouxe a imagem de dois rios, o amor e o medo. Nossa jornada de autorrealização estaria correndo entre estes dois rios, como duas escolhas possíveis de fazer, uma delas nos aproximando da meta, realizar nosso Verdadeiro Ser, outra delas nos afastando da meta, fortalecendo nosso ego, a divisão, a dissociação em nós.

Hoje quero trazer uma outra imagem, a do processo de realização do Ser como sendo um rio só, que caminha irremediavelmente para o mar, a meta. Isso não significa que a imagem anterior seja mentira ou verdade, nem que esta seja mais verdadeira ou mais falsa. Isso significa apenas que o paradoxo do nosso verdadeiro Ser é um mistério insondável. As imagens são apenas percepções limitadas que apontam para o que é ilimitado.

Nosso verdadeiro Ser é como um mar de infinitas possibilidades. Nós somos como as águas do rio, ora correndo, ora estagnando, ora mais fundo ora mais raso, desviando para a esquerda e para a direita, mas sempre tendo como objetivo percorrer a jornada em direção à meta, o mergulho no infinito oceano da realização.

A meta, o oceano, o Verdadeiro Ser de Amor Infinito é o que nós já somos. O rio já é o mar, o rio corre para o mar, o rio e o mar são o mistério do dois que na verdade é o UM. Nós já somos, em um nível mais profundo, aquilo que procuramos. Cabe a nós aproveitar o fluir da vida, os diferentes aspectos desta jornada, os diferentes momentos de aprendizado nas infinitas possibilidades de nosso Ser de Amor.



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